segunda-feira, novembro 19, 2007




Quando a poesia chora...


Não se incomode com a tristeza dos meus versos,
nem com o pranto do meu rosto.
Não se aborreça com a fúria das palavras,
nem com a rebeldia dos meus sonhos
Não se surpreenda com as rimas tortas,
nem com meus sorrisos trincados

Não pare... Diante de uma escrita muda.
Não olhe... Pra este vazio assustador.
Não escute... O gemido abafado e triste de um lamento

E se ainda assim preferir...

Diante da inspiração madrugadadeira... Pare !
Pra um coração que desabrocha em sentimentos... Olhe !
O grito que voa nas plumas de uma liberdade poética... Escute !

Na dúvida...
Apenas sinta esta poesia e não espere nada de lindo em minhas letras.
Real, somente a inicial do meu nome gravada na palma da sua mão.

Os versos assassinados hoje,
renascerão das cinzas denunciantes de um vício a mais...

Versos não tão tristes, nem tão alegres.
Simplesmente versos...

Extremamente vitais em um ser que ama e odeia, chora e ri,
fala e cala...

Um ser não tanto isso, nem tanto aquilo...
Apenas POETA.



Charlyane Mirielle